quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Dinheiro

"Ninguém é mais escravo do que aquele que falsamente se acredita livre"
Johann Wolfang von Goethe
1749-1832

Existem duas formas de conquistar e escravizar uma nação. Uma é pela
espada. A outra pela dívida. (John Adams)

Se não houvesse dívidas em nosso sistema financeiro, não haveria
dinheiro. (Marriner Eccles - Administrador da Reserva Federal - 1941)

O lucro de um é prejuízo de outro. (Michel de Montaigne)

O dinheiro representa uma nova forma de escravidão impessoal, em lugar da antiga escravidão pessoal. (Leon Tolstói)

Vejo somente uma solução para a dívida externa no Brasil. Não pagar. Não vejo outra. (Jorge Amado)

O capitalismo conserva-se o mesmo sistema frágil e injusto, produtor de guerras, de miséria, baseado no lucro, na ânsia do dinheiro. São razões muito miseráveis. (Jorge Amado)

O dinheiro corrompe. Tudo gira ao redor do dinheiro e todos precisam do dinheiro. (Bruce Willis)

Contrair dívidas é o mesmo que fazer dos outros donos dos nossos atos.
(Benjamin Franklin)

O capitalismo gera o seu próprio coveiro. (Karl Marx)

O dinheiro é o veículo da vaidade e o autor de servidões e desigualdades.
(Adão Myszak)

Um vício custa mais caro que manter uma família (Honoré Balzac)

Por detrás de uma grande fortuna há um crime. (Honoré Balzac)

É mais fácil sustentar dez filhos que um vício. (Aparício Torelly)

A dívida é a mãe prolífica de loucuras e crimes. (Benjamin Disraeli)

Quem crê que o dinheiro faz tudo, termina fazendo tudo por dinheiro.
(Voltaire)

Nunca ninguém enriqueceu com dinheiro. (Lucius Annaeus Sêneca)

Se todos os economistas fossem postos lado a lado, nunca chegariam a uma conclusão. (Bernard Shaw)

A economia compreende todas as atividades do país, mas nenhuma atividade do país compreende a economia. (Millor Fernandes)

No Brasil, a res publica é cosa nostra. (Roberto Campos)

Mais importante que as riquezas naturais são as riquezas artificiais da educação e tecnologia. (Roberto Campos)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

EDUCAÇÃO E ELEIÇÕES

Por Tomaz Passamani *
05-10-2010

Não acredito na possibilidade de políticos atuarem em conjunto com educadores pela real melhoria da Educação. Políticos são pessoas que não merecem nossa confiança! Prefiro não acreditar em exceções na política! A política brasileira está tão podre que não acredito se resolver algo através da política brasileira! Precisamos mudar primeiro o povo brasileiro para isso indiretamente afetar a política brasileira! Não há salvação nesse momento para a Política Brasileira!
Talvez haja para a Educação Brasileira, mas isso não será feito por políticos nem por economistas, terá que ser feito por educadores e patriotas! Da Educação mudamos o povo e assim mudamos a política!
Os educadores e patriotas precisam se adequar a mentalidade de Guerra! No Brasil, a Educação virou uma Guerra! Somente existem agora dois caminhos dignos para o Professor no Brasil, ou ele pega o boné e procura outro emprego (perfeitamente digno!) ou estes de adequam a mentalidade de Guerra! Educação não é mais Amor, é Guerra! Estou procurando me adequar a mentalidade de Guerra! Um analfabetismo mais grave que afeta o povo brasileiro não é nem o analfabetismo das letras mas o analfabetismo moral! Necessitamos de um exército de Educadores Morais!
Os políticos não se interessam em ter um povo educado, quando falam de Educação tem por trás fins eleitoreiros, demagógicos ou maquiavélicos para impedir a real melhoria da educação e manter os seus cargos. Um terço da população adulta da paraíba é analfabeta de pai e mãe. Essas pessoas somente conseguem empregos por apadrinhamento político, não conseguem empregos por competência própria! As carreatas dos políticos nessas eleições andaram cheias de pessoas tentando manter os seus empregos ou desejando um emprego público sem concurso público.
O discurso pseudo-meritocrático de um décimo quarto salário ao professor que conseguir melhorar os índices educacionais de sua escola no contexto atual não passa de demagogia! Não passa de uma meritocracia invertida! Faria sentido tal proposta se as escolas tivessem condições de funcionar e os professores fossem bem remunerados! O que os políticos estão fazendo é distorcer o nobre e real conceito da meritocracia. Para os políticos as “escolas públicas” precisam apenas serem prédios aonde os filhos dos pobres podem ser depositados durante uma parte do dia! Esse discurso pseudo-meritocrático apenas serve para jogar a opinião pública contra os professores e os responsabilizar pela omissão da classe política! É fazer do Professor um bode expiatório!

* Professor de Escola Pública

FEDERALIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO

Por Tomaz Passamani *
06-10-2010

O ensino médio atual no Brasil está falido! Esse modelo que não forma para trabalho, nem para a Universidade, nem para a Vida está fadado ao fracasso! Eu defendia a Federalização da Educação no sentido de algo como um Sistema Único de Educação em que os professores seriam todos funcionários da União lotados em escolas (prédios) dos Estados e Municípios com padrões de qualidade nacionais. Não acredito mais nisso! A solução passa por federalizar tudo!
Não é a toa que está havendo todo esse investimento na Rede Federal de Educação Tecnológica com a ampliação do número de IFET’s (antigos CEFET’s e Escolas Técnicas Federais). O Ministério da Educação já chegou a conclusão que esse nosso sistema atual de ensino médio está falido mas não tem a coragem de dizer a sociedade e aos professores que não tem mais jeito! O modelo de Ensino Médio Integrado Técnico Federal é o que vai e precisa substituir esse modelo atual de Ensino Médio que não funciona! Os Professores do Ensino Médio atual são extremamente esforçados e grandes guerreiros! A culpa não é deles! Os jovens usam a desculpa que o que lhes é ensinado não vai servir para a Vida! Os políticos demagogos usam isso para se autopromover! A verdade é que esses jovens não querem e não tem capacidade de usar o que os professores ensinam para ser tornarem membros produtivos e que contribuam para uma melhor sociedade.
Cabe agora aos bons professores de ensino médio das redes públicas não-federais encararem que o ensino médio se encontra em fase de transição e fazerem todo o possível para darem o melhor deles enquanto o modelo atual não se extingue e lutar pela expansão do novo sistema. Que sejam implantados campis de IFET’s em todas as cidades, que hajam Colégios Militares em cada capital do país, que sejam criados Colégios de Aplicação em todas as Universidades Federais. O caminho é se federalizar tudo o que se puder!
Os Estados e Municípios não possuem competência para cuidar de Educação! Enquanto não consigo migrar definitivamente para a Rede Federal de Ensino Médio continuarei lutando todo o dia para tentar pelo menos educar os meus alunos do Ensino Médio atual para a Vida, já que o Ensino Médio atual não forma para o trabalho e os alunos não querem estudar para serem futuros universitários!

* Professor de Escola Pública

A CULTURA CHINESA PODE SALVAR O BRASIL

Por Tomaz Passamani *
07-10-2010


O Brasil está passando por uma profunda Crise de Falta de Valores! Os pais agora somente tem os filhos e deixam a televisão os criar! Essas crianças e adolescentes estão chegando na escola faltando o mínimo de educação doméstica, valores morais e princípios. Se o povo brasileiro foi um povo honesto isso já é passado! O Brasil está necessitando urgentemente de um Exército de Educadores Morais! Muito mais falta ainda do que a educação das letras está faltando a educação moral! Não se tem como transmitir conhecimentos sem disciplina, honestidade, perseverança e respeito!
A China nesse momento pode oferecer muito ao Brasil! Com o fim da Guerra Fria, o Partido Comunista Chinês está procurando por outra ideologia que possa substituir o comunismo chinês! A resposta que eles tem encontrado é voltar a tradicional filosofia confucionista. O confucionismo é uma filosofia moral prática e secular que predominou na China Antiga por mais de 2500 anos antes da Revolução Comunista na China. Os preceitos do Confucionismo poderiam começar a serem passados para a população brasileira.
O Kung Fu e o Tai Chi Chuan tradicionais também podem contribuir muito para a formação moral do povo brasileiro! O povo brasileiro está passando por um crônico analfabetismo moral! As Artes Marciais moldam o caráter e ensinam disciplina, estoicismo e perseverança, sem falar em equilíbrio emocional. As artes marciais chinesas tradicionais possuem uma forte carga de cultura! Os alunos de nossas escolas públicas deveriam treinar Kung Fu em suas horas livres!
O tratado militar “A Arte da Guerra” do general chinês Sun Tzu deveria passar a ser leitura obrigatória para todos os docentes, pois na situação atual de Guerra que é a educação brasileira esses precisam se adequar a mentalidade de guerra e desenvolverem o seu espírito marcial e sua habilidade de estrategistas. Uma escola não é para ser administrada como uma empresa nem como uma repartição pública que não funciona, mas sim como uma Guerra, pelo menos no Brasil.
A Medicina Tradicional Chinesa é uma das medicinas mais baratas do mundo sendo bastante eficiente. A medicina chinesa poderia enriquecer muito o nosso sistema público de saúde. A culinária chinesa não possui preconceitos alimentares. Com mais de um bilhão de pessoas para alimentar qualquer coisa que se mexa é comida! Em um combate sério contra a fome não podemos ter preconceitos alimentares!
A cultura chinesa é uma das mais antigas do mundo. Quando da época do Império Romano, a China já existia! São uma potência econômica, cultural, industrial, educacional, militar, nuclear e espacial! Já são a segunda maior economia do mundo! O Brasil somente tem a ganhar por estreitar os laços com a China!

* Professor de Escola Pública

A educação no Brasil e na China

16-Dez-2010
Naercio Menezes Filho

Foram divulgados na semana passada os resultados do Pisa 2009, o
Programme for International Student Assessment, da responsabilidade da
OCDE, com o desempenho dos alunos de vários países nos exames de
proficiência em leitura, matemática e ciências. Esses resultados são
muito aguardados pelos países participantes pois revelam como está o
aprendizado dos alunos com 15 anos de idade, fazem um ranking de
países e mostram sua evolução ao longo do tempo. O que mostram esses
resultados?

A grande surpresa deste ano foi o desempenho dos estudantes da
província chinesa de Xangai, que participaram pela primeira vez do
exame e obtiveram um desempenho espetacular. Os estudantes chineses
ficaram em primeiro lugar em leitura, matemática e ciências, superando
todos os países da OCDE e os demais países participantes. Em
matemática, os chineses obtiveram 600 pontos, quase 38 pontos acima do
segundo colocado (Cingapura), 113 pontos acima do Estados Unidos e 214
pontos acima da média dos alunos brasileiros. Se compararmos os alunos
de Xangai com os do Distrito Federal (a unidade brasileira com melhor
desempenho), a diferença é de 175 pontos. Alguém ainda tem dúvidas de
que os chineses irão dominar o mundo?

O desempenho dos alunos brasileiros continua muito ruim, mas vem
crescendo ao longo dos anos. Entre os 65 países que participaram do
exame, o Brasil ficou em 57º lugar em matemática. Para termos uma
ideia de quão crítica é a nossa situação, 70% dos alunos brasileiros
estão no nível mais baixo de desempenho em matemática, em comparação
com apenas 4,8% dos alunos de Xangai e 8,1% dos coreanos. Em relação
aos nossos vizinhos sul-americanos, os alunos brasileiros obtiveram um
desempenho em leitura parecido com os colombianos, acima dos
argentinos e peruanos, mas abaixo dos chilenos e uruguaios. E pensar
que os argentinos estavam entre os povos mais educados da América
Latina no início do século passado.

Enquanto os chineses tratavam de fazer sua educação competitiva, os
brasileiros discutiam a taxa de câmbio

Entre 2000 e 2009 o desempenho dos alunos brasileiros aumentou 16
pontos em leitura, 52 pontos em matemática e 30 pontos em ciências.
Assim, o maior avanço foi em matemática, disciplina em que os alunos
brasileiros tinham o pior desempenho. Mas, é preciso aumentar o ritmo
desse avanço, caso contrário levaremos 40 anos para alcançar o
desempenho atual dos chineses. Outro ponto importante é que o nosso
aumento da proficiência em leitura ocorreu às custas de uma maior
desigualdade. Enquanto o desempenho dos nossos melhores alunos
aumentou cerca de 30 pontos, entre os piores praticamente não houve
melhora.

Assim, a desigualdade na qualidade da educação está aumentando. Vale
notar também que grande parte do avanço obtido em leitura ocorreu
entre as meninas, sendo que o crescimento da nota entre os meninos foi
insignificante.

Vale a pena contrapor a nossa evolução educacional com a ocorrida no
Chile. Em leitura, por exemplo, o desempenho dos alunos chilenos
aumentou 40 pontos, mais do que o dobro dos brasileiros. Entretanto,
no caso do Chile o desempenho aumentou mais entre os piores alunos do
que entre os melhores. Assim, a qualidade da educação no Chile
melhorou com queda na desigualdade, o melhor dos mundos. Por fim, a
melhora ocorreu tanto entre os meninos como entre as meninas. Mas, que
políticas educacionais tiveram efeito tão positivo no Chile?

Segundo o relatório do próprio Pisa, as principais políticas parecem
ter sido o foco nas escolas com pior desempenho, o aumento do número
de horas-aula, mudanças no currículo nacional, aumento dos gastos com
educação e avaliação completa do desempenho dos professores das
escolas públicas, incluindo observação do seu desempenho em classe. Os
professores que forem reprovados três vezes nessa avaliação são
demitidos. Além disso, as escolas e os professores com melhor
desempenho recebem mais recursos e maiores salários. Aumento de gastos
com mais horas-aula, acompanhado de medidas que introduzam a
meritocracia na vida escolar parece ser a receita para o sucesso.

Em suma, o desempenho dos alunos brasileiros vem melhorando na última
década, graças a uma série de políticas educacionais corretas que
foram sendo introduzidas por diferentes ministros, no sentido de
descentralizar a gestão, criar sistemas de avaliação, divulgar os
resultados das avaliações por escola e estabelecer metas para cada uma
delas. Além disso, inovações nas redes estaduais e municipais de
educação, principalmente aquelas com ênfase na meritocracia, tiveram
um papel importante.

Entretanto, esse avanço tem ocorrido de forma lenta e puxado pelo
desempenho dos melhores alunos e das meninas. Assim, enquanto a
desigualdade no acesso à educação está declinando e puxando para baixo
a desigualdade de renda, a desigualdade na qualidade da educação
caminha no sentido contrário, o que retardará a queda na desigualdade
de oportunidades.

Por fim, os resultados do Pisa mostram claramente que os chineses
estão fazendo a sua lição de casa, obtendo avanços significativos nas
questões mais fundamentais da sua sociedade, para torná-la mais
competitiva. Enquanto isso, os brasileiros passaram o ano inteiro
discutindo a taxa de câmbio!
Naercio Menezes Filho é professor Titular – Cátedra IFB e coordenador
do Centro de Políticas Públicas do Insper e professor associado da
FEA-USP