terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Resenha do filme “A Teoria de Tudo”


Por Tomaz Passamani


No próximo dia 29 de Janeiro de 2015 será o lançamento nos cinemas nacionais do filme “A Teoria de Tudo” que conta a história e relacionamento de Stephen Hawking e Jane Hawking. O filme é inspirado no livro de Jane Hawking.
O filme mostra como Stephen Hawking e Jane Wide (futura esposa de Stephen) se conheceram, a descoberta da sua esclerose lateral amiotrófica, a luta de ambos contra a doença e a ascensão de Stephen no mundo da física.
O filme é antes de tudo uma história de superação e abnegação. Abnegação de Jane por Stephen e de superação de Stephen que mesmo preso em um corpo disfuncional conseguiu elevar a sua mente a responder os mais profundos mistérios do Universo.
Em uma das cenas finais do filme lhe é perguntado se apesar de ser ateu ele tinha uma filosofia de vida que o sustentasse e ele diz que enquanto houver vida há esperança e que não deve haver limites para o esforço humano.
A história de vida de Stephen Hawking é muito inspiradora. Ele conseguiu se tornar o físico vivo mais famoso da atualidade; não apenas por sua luta contra a esclerose lateral amiotrófica, mas pela relevância de todos os seus trabalhos acadêmicos e científicos. Em 08 de Janeiro de 2015 completou 73 anos de idade tendo até participado de uma simulação de gravidade zero.
Ele começou a ficar mais conhecido entre os não-físicos pelo seu livro de divulgação científica “Uma Breve História do Tempo” publicado em 1988. Ele se diverte muito participando de breves cenas em seriados de televisão como “Jornada nas Estrelas: A Nova Geração” e “The Big Bang Theory”. A doença não conseguiu lhe tirar o bom senso de humor.
Vou torcer que os cinemas brasileiros e a imprensa especializada deem a devida atenção ao filme.  O filme é uma oportunidade mesmo que romanceada para mostrar aos mais jovens o que é o mundo da ciência e da Academia.
O Brasil, de norte ao sul, nunca passou por uma tão profunda crise moral e de valores aonde palavras como mérito, esforço e persistência são tratadas como palavrões e jogadas na lata de lixo. A grande e maior parte da sociedade brasileira está vivendo o conformismo, o comodismo, a mediocridade, ou o hedonismo (o culto ao prazer). Esses parecem ser os novos valores do povo brasileiro.
Nesse contexto sócio-político-cultural não seria de se estranhar que um filme que fale sobre abnegação e superação seja posto de lado por não ser um produto que atraia o público, que seja comercial, que dê lucros.
Aos poucos que ainda valorizam uma ética de princípios e virtudes recomendo fortemente o filme. Aos poucos que ainda valorizam tal ética o filme pode ser um estímulo a mais para continuarmos na luta para educar moralmente o povo brasileiro.