Por Tomaz Passamani
No próximo dia 29 de Janeiro de 2015 será o
lançamento nos cinemas nacionais do filme “A Teoria de Tudo” que conta a
história e relacionamento de Stephen Hawking e Jane Hawking. O filme é
inspirado no livro de Jane Hawking.
O filme mostra como Stephen Hawking e Jane Wide
(futura esposa de Stephen) se conheceram, a descoberta da sua esclerose lateral
amiotrófica, a luta de ambos contra a doença e a ascensão de Stephen no mundo
da física.
O filme é antes de tudo uma história de superação e
abnegação. Abnegação de Jane por Stephen e de superação de Stephen que mesmo
preso em um corpo disfuncional conseguiu elevar a sua mente a responder os mais
profundos mistérios do Universo.
Em uma das cenas finais do filme lhe é perguntado se
apesar de ser ateu ele tinha uma filosofia de vida que o sustentasse e ele diz
que enquanto houver vida há esperança e que não deve haver limites para o
esforço humano.
A história de vida de Stephen Hawking é muito
inspiradora. Ele conseguiu se tornar o físico vivo mais famoso da atualidade;
não apenas por sua luta contra a esclerose lateral amiotrófica, mas pela
relevância de todos os seus trabalhos acadêmicos e científicos. Em 08 de
Janeiro de 2015 completou 73 anos de idade tendo até participado de uma
simulação de gravidade zero.
Ele começou a ficar mais conhecido entre os
não-físicos pelo seu livro de divulgação científica “Uma Breve História do
Tempo” publicado em 1988. Ele se diverte muito participando de breves cenas em
seriados de televisão como “Jornada nas Estrelas: A Nova Geração” e “The Big
Bang Theory”. A doença não conseguiu lhe tirar o bom senso de humor.
Vou torcer que os cinemas brasileiros e a imprensa
especializada deem a devida atenção ao filme. O filme é uma oportunidade mesmo que
romanceada para mostrar aos mais jovens o que é o mundo da ciência e da
Academia.
O Brasil, de norte ao sul, nunca passou por uma tão profunda
crise moral e de valores aonde palavras como mérito, esforço e persistência são
tratadas como palavrões e jogadas na lata de lixo. A grande e maior parte da
sociedade brasileira está vivendo o conformismo, o comodismo, a mediocridade,
ou o hedonismo (o culto ao prazer). Esses parecem ser os novos valores do povo
brasileiro.
Nesse contexto sócio-político-cultural não seria de
se estranhar que um filme que fale sobre abnegação e superação seja posto de
lado por não ser um produto que atraia o público, que seja comercial, que dê
lucros.
Aos poucos que ainda valorizam uma ética de
princípios e virtudes recomendo fortemente o filme. Aos poucos que ainda
valorizam tal ética o filme pode ser um estímulo a mais para continuarmos na
luta para educar moralmente o povo brasileiro.